segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

começando as impressões

fizemos alguns testes e escolhemos o 
papel Kozo Art (Goyu)
em folhas de 60x90cm,
escolhendo o formato 1/8 de folha para as impressões,
já que a maioria das matrizes é muito pequena.

A tinta escolhida foi a Duplicopy preta.
algumas das gravuras que imprimimos:


clique sobre as imagens para vê-las no tamanho original)


as gravuras, com seu número de identificação (do Museu)
dimensões (altura x largura, em milímetros)
e a origem da impressão:
(diálogos) - nesse projeto
(IA) - encontrada no acervo do Museu, 
realizada pela Casa da Xilogravura, museu brasileiro em Campos de Jordão (SP), fundado por Antonio Costella ou impressão realizada pelo Estúdio 10 (Salete Mulin e uma estagiária do Horto Florestal)

Estaremos postando imagens das gravuras no blog:
http://escoladexilografiadohorto.blogspot.com/

medidas e mais medidas

medimos e fotografamos todas as matrizes

tudo anotadinho nas fotos que já tínhamos feito.

Temos registradas mais de 400 matrizes!!!
No estudo preliminar tínhamos visto 110 e
no livro do Antonio Costella, ele cita que trabalhou com 46 matrizes.

Para evitar qualquer acidente de transporte com as matrizes,
decidimos trabalhar nas dependências do Horto
e a Diretora do Museu - Roselaine Barros nos deu a permissão
e as condições para que façamos todas as atividades referentes às matrizes lá.


"pegando no guatambu"

as matrizes da Escola do Horto são todas de guatambu.

No acervo do museu achamos esse lindo pedaço de topo,
sem a preparação branca para o desenho:
e também essa matriz nunca impressa
e a única sem o fundo branco para o desenho:
como é uma madeira muito dura permite esses desenhos delicados.
curiosas por conhecer a árvore, depois de ver algumas fotos, como as abaixo, 
obtidas na internet:
e das preciosas informações do Robinson Dias,
funcionário do Museu Octavio Vecchi,
saímos à procura de um guatambu no Horto e achamos!

algumas informações sobre a árvore,
fornecidas pelo
Instituto Guatambu de Cultura
Educação, Cultura e Meio Ambiente

Email:guatambu@guatambu.org
:


"Onde vive
Árvore encontrada no Brasil desde o sul da Bahia até o Rio Grande do Sul, estando particularmente presente em Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Abundante na Serra da Cantareira e restante da Mata Atlântica.

Como é o guatambu

Árvore grande e frondosa, sua altura varia de 10 a 30 metros. Seu tronco, de cor acinzentada e casca áspera, mede de 40 a 80 cm de diâmetro e se estende muito para o alto antes de ser coberto pela copa. Suas folhas, membranáceas, medindo até 15 cm de comprimento por 6 de largura, têm forma de lança (lânceo-alongadas), margens onduladas e distribuem-se de modo alternado. Suas flores alvas, pequenas, têm corola gamopétala e distribuem-se em panículas terminais. Seus frutos, cápsulas distribuídas aos pares em cada pedicelo, quando maduros medem 6 cm de comprimento por 2,5 de largura. Apresentam âmbito semi oboval, sendo fortemente comprimidas dos lados e com base atenuada em pseudo pedicelo, de ápice arredondado, tendo no centro de cada válvula uma linha longitudinal escura. Suas sementes são aladas.

Tipos de guatambu

Há diversas espécies de guatambu: guatambu-branco (Aspidosperma olivaaceum Muell. Arg., Apocinácea), guatambu amarelo (Aspidosperma recemosum), Guatambu-rosa (Aspidosperma olivaaceum Muell. Arg., Apocinácea), guatambu-oliva, guatambu-vermelho, guatambu-marfim, guatambu-árvore, guatambu-madeira, guatambu-peroba. Popularmente conhecido como amarelão, peroba, tambu, pequiá-branco, biriba, pau-pereira, entre outras denominações.

Como se reproduz o guatambu

O guatambu, essência florestal, deve ser cultivado sempre que possível. Sua reprodução se dá por sementes e por estacas de 30 cm ou pouco mais, não tendo mais de 1 cm de diâmetro. Floresce a partir do final do mês de agosto, ocasião em que reveste-se de nova folhagem, prolongando-se esse processo até o início de novembro. Os frutos amadurecem em julho-agosto e para obter as sementes é preciso esperar que abram espontaneamente para então colhê-los diretamente da árvore. Postos ao sol completam sua abertura e liberam as sementes. Um quilo de frutos contém cerca de 5.000 sementes, que podem ser armazenadas por mais de 4 meses.
Sementes colocadas logo que colhidas, em canteiros ou recipientes individuais, para germinar, demandam tratamento da terra que deve ser irrigada duas vezes ao dia ela. Passados de 15 a 35 dias elas brotarão. O desenvolvimento das mudas é rápido, de modo que elas podem ser plantadas no local definitivo em menos de 6 meses. Ao fim de seis anos uma muda de 20 cm terá atingido 7 metros.

A madeira fornecida pela árvore guatambu e seu uso
A madeira do guatambu, de cor amarelo-clara e textura fina, embora dura, bastante resistente e moderadamente pesada, possui talhe macio e se faz dócil à plaina, à serra e ao verniz, que recebe e conserva bem. Madeira de lei, muito forte, porém de baixa duração, presta-se especialmente à marcenaria, mostrando-se útil para a confecção de vigas, assoalhos, obras internas, construção naval, cabos para ferramentas, bengalas, xilografia, instumentos musicais, entre eles o berimbau.
Por ser muito utilizada na confecção de cabos de enxada o povo criou a expressão "pegar no guatambu" como sinônimo de "trabalhar com a enxada" ou mesmo de "trabalhar"."


Agora temos que descobrir quando é a época dessa semente linda para ver e fotografar... 


domingo, 27 de fevereiro de 2011

as matrizes da Escola de xilografia do Horto

quem quiser ver as matrizes, há fotos no álbum!
São fascinantes!
Estão também no blog:
http://escoladexilografiadohorto.blogspot.com/

 como disse uma nossa amiga... um verdadeiro tesouro resgatado!
Na foto acima são as matrizes desenhadas e não gravadas...

Todas as imagens das matrizes são de propriedade do
Museu Octavio Vecchi,
portanto qualquer uso, favor, informar-se com a administração:

Tel.: 11 - 2231 8555 - Ramais 2063 e 2053
Rua do Horto, 931 - Horto Florestal - São Paulo - SP - Brasil



sábado, 26 de fevereiro de 2011

levantamento das matrizes

o pessoal do museu nos entregou as caixas com o materiale começamos a separação e a fotografar cada matriz, cada imagem impressa, cada desenho em madeira que encontramos!
3 dias de trabalhão danado...

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

os primeiros passos


Começamos fazendo um levantamento das matrizes no museu no ano passado.
Localizamos num estudo preliminar, entre as expostas e as guardadas nos arquivos do Museu, 104 matrizes, algumas delas só desenhadas e outras nunca impressas.

uma história antiga...

Quando nós, Maria Regina e Maura, começamos os contatos para a exposição
Paisagens Gráficas
http://paisagensgraficas.blogspot.com/
no Museu Octávio Vecchi, no Horto Florestal,
nos apaixonamos pelas matrizes de guatambu que nos foram mostradas pela Rose - Diretora do Museu. Daí surgiu o desejo de fazermos um projeto em que artistas contemporâneos conversassem com essas imagens.

Preparamos o projeto em 2010 e ele foi premiado pelo ProAC 21 e temos agora a verba para desenvolvê-lo.

Nesse blog vocês acompanharam todo o projeto.
Aqui as imagens de um dos alunos - Sr. Luís
foto Maura de Andrade
foto Maria Regina
dia 29 de novembro de 2009,
encerrou-se a exposição PAISAGENS GRÁFICAS
com um encontro com o Sr. Luís,
que foi aluno, de 1940 a 1943,
na escola de xilografia que funcionou no Horto Florestal,
sob a coordenação do alemão Adolfo Köhler.